O horror dos meninos soldados

No Diário de Notícias: "Um estudo pioneiro sobre crianças-soldados no Uganda, publicado hoje na revista científica The Lancet, revela um mundo de puro horror: raptados e incorporados à força nas guerrilhas, estes meninos e meninas são obrigados a matar e a ver morrer. Das 301 crianças entrevistadas pela equipa de investigadores belgas, da universidade de Gent, 233 (77 por cento) viram alguém ser morto e 118 (39 por cento) foram obrigados a matar alguém. A maioria sofre hoje de doença de stress pós-traumático. Mais de 300 mil crianças são actualmente utilizadas como soldados em conflitos armados, em 50 países do mundo, segundo estimativas das Nações Unidas. Num estudo pioneiro, investigadores da universidade de Gent decidiram mostrar a realidade que se esconde por trás destes números. A equipa, coordenada pela investigadora Ilse Derluyen, entrevistou no Uganda, nas cidades de Gulu e Lira, 301 destes jovens ex-combatentes, que foram capturados pela guerrilha do seu país (o Exército de Resistência do Senhor) e obrigados a combater nas suas fileiras. Todas as crianças inquiridas foram raptadas antes dos 13 anos e permaneceram mais de dois anos, em média, na guerrilha ugandesa." [notícia completa]