quinta-feira, abril 22, 2004
Burundi: Uma infância em guerra
Por todo o mundo existem cerca de 300 000 crianças envolvidas em conflitos, no Burundi as crianças soldado são “regra” num estado que não tem qualquer respeito pelos direitos das crianças. Os governantes do Burundi tardam em perceber que as crianças que hoje se militarizam não trarão um futuro nem pacifico nem promissor ao pais. No fim seremos todos nós os derrotados. A Amnistia Internacional apela ao governo do Burundi e a todos os líderes dos diversos grupos políticos armados, que cessem imediatamente o uso e recrutamento de Crianças -Soldado e assumam os respectivos compromissos na desmobilização e reintegração destas crianças. Os líderes militares têm instigado os 10 anos de conflito armado no Burundi, recrutando e raptando crianças, destruindo a sua infância e colocando em risco a sua vida futura. – afirmou a Amnistia Internacional no seu relatório mais recente relatório Burundi: Crianças - Soldado – o desafio da desmobilização. “Combater a prática e o legado do uso de crianças soldado constitui um elemento importante no alcance de uma paz duradoura, na qual os Direitos Humanos de todas as pessoas sejam respeitados.” - disse a Amnistia Internacional. As crianças, mesmo aquelas com menos de 15 anos, foram cinicamente usadas como ferramentas de guerra baratas e dispensáveis. As crianças foram raptadas e retiradas às suas famílias. Outras foram forçadas a voluntariar-se no exército, devido à exclusão social e ao colapso das famílias, ou após terem testemunhado atrocidades. A pobreza e os anos de guerra tornaram mais fácil que toda uma geração de crianças fosse arrastada para o conflito armado.
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