terça-feira, abril 20, 2004
Vanunu diz que não é um «traidor»
No Diário de Notícias: "«Não sou nem traidor nem espião»: estas as palavras, proferidas ontem, pelo israelita Mordechai Vanunu, o homem que revelou ao mundo, em 1986, as capacidades nucleares do seu país, 48 horas antes de ser libertado. Após cumprir uma pena de 18 anos de prisão por traição, terá de respeitar draconianas medidas de segurança que lhe vão limitar ao máximo os movimentos e as comunicações. Se, a nível internacional, tem muitos apoiantes, nomeadamente a actriz inglesa e pacifista Susanah York, e chegou mesmo ser um nome referido para o Prémio Nobel da Paz, internamente, o acolhimento é outro, não apenas por ter relatado, em entrevista a um jornal britânico, o que se passava na central nuclear de Dimona, no deserto de Negev, mas também porque se converteu ao cristianismo. Um dos seus principais «inimigos» é o antigo primeiro-ministro Shimon Peres, ele sim vencedor do Prémio Nobel da Paz, precisamente considerado como o arquitecto do programa nuclear de Israel. Terá mesmo sido Peres a ordenar pessoalmente o seu rapto em Roma, para onde viajara, após ter estado na Austrália e no Reino Unido, atraído por uma loura americana, que se apresentou como «Cindy». Agora, Telavive dá mostras de continuar a recear mais revelações que ele possa fazer, a despeito dos 18 anos de prisão. Vanunu, a quem foi proibido abandonar o país, disse ontem esperar que a central de Dimona «seja destruída», como sucedeu com a de Osirak, no Iraque, arrasada por Israel em 1981." [notícia completa]
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