terça-feira, maio 18, 2004

Amnistia Internacional: Israel destruiu três mil casas palestinianas desde o reinício da Intifada

No PÚBLICO.PT: "A Amnistia Internacional acusa Israel de ter destruído três mil casas palestinianas desde o reinício da Intifada, em Setembro de 2002, e volta a exigir o fim desta política, que diz constituir um crime de guerra. O relatório da organização é divulgado em plena operação militar israelita em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, no âmbito de um plano de combate ao tráfico de armas que deverá levar à demolição de centenas de casas situadas junto à fronteira com o Egipto. A operação de grande envergadura ? já considerada a maior dos últimos quatro anos na região ? começou às primeiras horas do dia e provocou a morte a 19 palestinianos, na sua maioria elementos de grupos armados, mas também a duas crianças de 11 e 15 anos. Neste cenário, a Amnistia Internacional (AI), habitualmente crítica das políticas militares israelitas, divulgou um novo relatório em que exige o fim da política punitiva das populações palestinianas, considerando que a demolição de habitações atingiu nos últimos tempos "um nível sem precedentes". "Nos territórios ocupados, as demolições são levadas a cabo como uma punição colectiva pelos ataques palestinianos ou para facilitar a expansão dos colonatos ilegais", escreve a organização de defesa dos direitos humanos no relatório intitulado "As demolições devem cessar". A organização lembra que além das demolições, perto de meio milhar de habitações pertencentes às famílias de bombistas-suicidas foram dinamitadas pelo Exército, em retaliação pelos atentados levados a cabo contra alvos israelitas. "Estas práticas são contrárias ao direito internacional e alguns destes actos constituem crimes de guerra", acusa a AI, sustentando que "as demolições são geralmente levadas a cabo sem que seja dado tempo às famílias para abandonar as casas e salvar os seus bens". [notícia completa] [notícia no Diário Digital]

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