quinta-feira, maio 27, 2004
Cabinda incendiou o debate com denúncias de genocídio
No Diário de Notícias: "O Vigário-Geral de Cabinda, o padre Raul Tati, foi extremamente claro: «os sinais de morte são cada vez mais evidentes e as ténues esperanças tendem a ofuscar-se ainda mais com o adiamento infindo de uma solução definitiva para Cabinda». Segundo o padre Raul Tati, o desencadear da ofensiva denominada «Vassoura» pelas Forças Armadas Angolanas levou ao território a barbaridade: detenções à revelia da justiça, torturas de cidadãos para obter informações, execuções sumárias, violação de mulheres, abusos de menores, pilhagem das casas e dos haveres dos aldeões do interior, limitação da circulação de pessoas e intimidações. «Todos estes actos têm sido prática habitual dos soldados do exército governamental numa violação flagrante e total desrespeito pelas Convenções de Genebra, sobre a protecção dos civis em conflitos armado.» Pelo meio, ficam aldeias completamente abandonadas e destruídas e outras asfixiadas pela presença massiva de militares «que obrigam os civis a coabitar com eles, tomando-os como escudo humano contra acções traiçoeiras da guerrilha», além de que nas zonas de lavoura agora controladas pelos militares alguém ser apontado de FLEC é «acusação bastante para desaparecer do mundo dos vivos». [notícia completa]
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