quarta-feira, julho 14, 2004

AGRESSÃO ANTI-SEMITA EM PARIS NUNCA TERÁ EXISTIDO

No PÚBLICO: "O inquérito sobre uma agressão anti-semita no metro parisiense RER mudou radicalmente de direcção, com a detenção da queixosa para interrogatório. Até ontem, a polícia tinha procurado testemunhas da agressão contra a jovem mãe e o seu bebé de 13 meses e não tinha encontrado nenhuma. Ao final do dia, uma fonte policial anónima, citada pelas agências noticiosas, fazia saber que a alegada vítima tinha confessado que mentira. Os vídeos das câmaras de vigilância nas estações de metro em que a vítima situava a agressão não mostram nenhuma fuga de seis jovens árabes e negros depois de a agredirem, "lacerando a roupa, desenhando cruzes suásticas no corpo e cortando o cabelo com punhais" por julgarem que era judia, segundo a versão que a jovem mãe inicialmente deu à polícia. Os investigadores concentraram-se então no perfil da vítima. E as dúvidas quanto ao seu testemunho tornaram-se suficientemente importantes para que a autoridades a colocassem em prisão para interrogatório. Com efeito, a mãe de "Marie" (o nome com que a queixosa foi apresentada nos comunicados de polícia) revelou que a filha sofre de fragilidades psicológicas importantes. Por seu lado, uma amiga escreveu ao jornal "Le Figaro", afirmando que "Marie" "é uma jovem encantadora, mas mitómana". A polícia encontrou ainda cinco outras queixas por agressão apresentadas por "Marie" em esquadras diversas de Paris - queixas essas que não teriam qualquer fundamento. Os desenvolvimentos de ontem constituem um ponto de viragem num escândalo virtual que desencadeou uma tempestade imensa em França, na Europa e em Israel, por causa do seu cariz pretensamente anti-semita." [notícia completa] [notícia no Diário de Notícias]

Sem comentários: