domingo, julho 18, 2004
«Do Darfur a Estrasburgo»
No PÚBLICO: "Quando há risco de genocídio, há o dever imperativo de intervenção internacional. No Darfur, região imensa do Sudão, "o risco de um genocídio permanece assustadoramente real", diz Kofi Annan. Contam-se entre 10 e 30 mil mortos e 1,2 milhões de refugiados ou deslocados em 16 meses de guerra. Não é um conflito religioso, pois opõe muçulmanos (tribos árabes contra negras), nem económico (não há petróleo ou diamantes), nem mesmo geo-estratégico, anotou Christophe Ayad no "Libération". Tem raízes étnicas, diz a Human Rights Watch, instigadas por Cartum. Para os Médicos sem Fronteiras, é um conflito "de inaudita intensidade de barbárie". A par dos massacres, morre-se à fome e está iminente uma "catástrofe sanitária". A Organização Mundial de Saúde teme "centenas de milhares de mortes". As milícias árabes pagas por Cartum, os Janjawid, matam, violam, pilham, destroem as colheitas, afirma um relatório da ONU. Visam uma limpeza étnica em larga escala (ver artigo de Ana Dias Cordeiro, PÚBLICO de 8 de Julho)." [artigo completo]
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