No PÚBLICO: "Ninguém imaginaria a glória deste Portugal, "à beira mar plantado", como dizia o poeta, sem a participação efectiva dos negros, desde outrora feitos escravos como agora convertidos a cidadãos de plenos deveres pátrios mas privados de exercício de direitos de plena cidadania neste país dito de brandos costumes. Nós, os negros portugueses, temos vivido quase num "apartheid" social em termos de direitos cívicos de que somos excluídos, sem que tenhamos manifestado publicamente a nossa indignação pelo facto e assumido uma posição de luta pela nossa visibilidade total na sociedade de que somos membros que têm contribuído e de que maneira para a sua projecção além-fronteiras. No entanto, continuamos sem voz participativa na condução do nosso destino colectivo desde o simples posicionamento até ao mais alto a que se pode aspirar, de acordo com as capacidades de cada um."
* Por FERNANDO KA [artigo de opinião integral]
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