terça-feira, julho 06, 2004
União Africana tem força de paz prestes a avançar para o Darfur
No Diário de Notícias: "Nos últimos 50 anos, África foi palco de 186 golpes de Estado e 26 guerras que causaram a morte de, pelo menos, sete milhões de pessoas. Ainda hoje é um continente martirizado, como o provam os conflitos no Sudão, República Democrática do Congo e Costa do Marfim. A ONU está atenta e tem enviado forças de manutenção de paz, mas, é o próprio secretário-geral da organização, Kofi Annan, quem o diz, África deve, cada vez mais, assumir como sua essa missão. Um repto que se revela incontornável para os chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) que, a partir de hoje e até quinta-feira, se reúnem em Addis Abeba. Tanto assim é que, ontem, véspera da cimeira, foi revelada a intenção da UA de enviar um contingente de centenas de soldados para garantir o respeito pelo acordo de cessar-fogo no Darfur (Sudão), assinado em Abril, estando já a postos forças do Ruanda e da Nigéria. Naquela região, como denunciou ontem a Amnistia Internacional (AI), apesar do embargo de venda de armas imposto pela ONU às milícias árabes pró-governamentais, a verdade é que os Janjawid continuam a espalhar o medo e a violência. Apontando o dedo a Cartum, a AI defende que o embargo deve ser estendido ao Executivo sudanês, lembrando que a União Europeia mantém, desde 1994, a proibição de venda de armas, munições e equipamentos militares àquele país africano e que os EUA, não só não abrandam as sanções, como mantêm o Sudão na lista dos Estados que apoiam o terrorismo. Para apaziguar as críticas internacionais, as autoridades sudaneses já aceitaram participar nas «negociações políticas» que a UA tem agendadas para Julho, em Addis Abeba." [notícia completa]
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