quarta-feira, outubro 13, 2004

ONG Discutem Contributo dos «Media» para a Democracia

No PÚBLICO: "Há dez anos, Carlos Schwarz embarcou nos projectos de rádios comunitárias na Guiné-Bissau. Em pouco tempo, as "tabancas" (aldeias guineenses) tornaram-se "a voz da comunidade" e uma "instituição de poder". "Para eles [guineenses] a rádio passou a ser tão importante como um centro de saúde ou uma máquina", disse ontem em Lisboa, durante o painel sobre "Media, desenvolvimento e democracia", integrado no encontro "Os Media e a Cidadania Global". Hoje existem na Guiné-Bissau 16 rádios comunitárias - com programas diários de dez horas feitos por e para guineenses da comunidade local - que funcionam para os 60 por cento da população nacional que lhes tem acesso como "espaços de contestação" ou de "debates sobre assuntos considerados importantes, como os preços agrícolas". Do outro lado do Atlântico, no Brasil, Paulo Lima, director executivo da Rede de Informações para o Terceiro Sector (RITS), desenvolveu o projecto de instalar 120 telecentros comunitários em São Paulo, onde as pessoas podem aceder à Internet sem terem de pagar. "Um caso de sucesso", já que "apenas oito por cento da população tem acesso à Internet". "É um novo equipamento público para as pessoas que olhavam para o Estado como 'chapa branca' (algo distante)", disse. Estes foram alguns dos exemplos de como os "media" e as organizações não governamentais podem contribuir para a democratização da sociedade e para o seu desenvolvimento, apresentados ontem no último dia da conferência organizada pelo Instituto Marquês de Valle Flôr e a Oikos, ambas Organizações Não Governamentais (ONG)." [notícia completa] [notícia no Diário de Notícias]

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