terça-feira, janeiro 25, 2005
Kofi Annan Apela à «Vigilância» para Que Auschwitz Não Se Repita
No PÚBLICO: "Pela primeira vez na sua história, as Nações Unidas comemoraram ontem a libertação dos campos de concentração nazis, há 60 anos. A sessão especial começou com um minuto de silêncio e prosseguiu com um discurso do secretário-geral, Kofi Annan, a lembrar que os assassínios em massa ainda são uma ameaça. "Dizemos, com razão, 'nunca mais'. Mas agir é mais difícil", admitiu. "O mal que destruiu 6 milhões de judeus, e outros, naqueles campos ainda nos ameaça actualmente", disse Annan. "Não é algo que possamos cingir a um passado distante e esquecer". "A ONU não pode esquecer que foi criada como resposta ao mal do nazismo, ou que os horrores do Holocausto contribuíram para definir a sua missão". Na quinta-feira, vários líderes mundiais estarão na Polónia para assistir à cerimónia que assinala a libertação do campo de Auschwitz. O secretário-geral pediu ao mundo que "manifeste o seu respeito" pelas vítimas dos campos de morte nazis "protegendo todas as comunidades que possam estar ameaçadas e vulneráveis, no presente e no futuro". Afirmou que desde o Holocausto "o mundo falhou, para sua grande vergonha, em impedir outros genocídios, por exemplo no Camboja, no Ruanda e na ex-Jugoslávia" - exemplos que, minutos depois, foram também referidos pelo prémio Nobel da Paz e sobrevivente de um campo de concentração nazi, Elie Wiesel: "Se o mundo tivesse escutado, poderíamos ter evitado". [notícia completa]
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