Juárez: falhas no combate ao feminicídio

Na ADITAL: "Quinze anos e ainda poucos resultados. Desde quando começaram a contabilizar os assassinatos de mulheres na cidade mexicana de Ciudad Juárez, no Departamento de Chihuahua - 370 meninas e mulheres jovens assassinadas - as autoridades não têm tomado as medidas apropriadas para investigar e resolver os crimes. A Amnistia Internacional denuncia que apenas graças aos esforços de familiares de vítimas e organizações de direitos humanos locais, além da ação internacional de algumas organizações, as coisas começaram a mudar. Há 10 anos, desde 1993, o governo federal resolveu adotar um conjunto de medidas destinado a combater a violência contra as mulheres na Ciudad Juárez, mas a cidade de Chihuahua ficou de fora. A Procuradoria Especial para a Atenção de Delitos Relacionados com os Homicídios de Mulheres no Município de Juárez também começou a trabalhar com os fiscais locais e empreender investigações federais, mas sobre um número muito limitado de casos. A AI destaca os defeitos sistemáticos na forma de realizar as investigações iniciais, além da insistência das autoridades federais de que não têm jurisdição para investigar oficialmente esses casos. "Assim, pois, os casos foram remetidos, de novo, ao ministério público local e aos tribunais de Chihuahua, que realizaram mal as investigações no começo", declarou a organização." [notícia completa]