segunda-feira, novembro 07, 2005
Ex-presidente peruano Fujimori detido no Chile
No Diário Digital: "O ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, foi hoje preso no Chile, horas depois de ter chegado inesperadamente ao país, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros peruano, Oscar de Romaña. Em declarações a uma rádio, o ministro peruano disse que Fujimori, cuja detenção e extradição tinham sido pedidas pelo Peru, foi preso no hotel onde se tinha alojado depois da chegada a Santiago do Chile. O ex-presidente peruano não ofereceu resistência ao ser preso, tendo sido transferido para a escola de polícia em Santiago do Chile, acrescentou Oscar de Romaña. Agentes da Interpol efectuaram a detenção, às 01:30 locais (04:30 em Lisboa). Segundo o ministro peruano, Fujimori foi preso por ordem do juiz instrutor do tribunal de Recursos de Santiago, que aceitou o pedido de detenção que lhe fora apresentado pelo governo de Lima. Oscar de Romaña acrescentou que o governo peruano vai enviar hoje uma missão de alto nível integrada pelo ministro do Interior, Rómulo Pizarro, e pelo procurador anti-corrupção, António Maldonado. Horas antes, um porta-voz do governo chileno tinha confirmado que o Peru tinha solicitado a prisão e posterior extradição de Alberto Fujimori, mas que o caso tinha sido entregue aos tribunais e que o ex-presidente era livre de se deslocar no país, pois tinha um visto de turista no seu passaporte peruano. «São os tribunais chilenos que têm de decidir sobre a situação do senhor Fujimori», acrescentou o porta-voz, referindo que não existe qualquer mandado para a detenção do ex-presidente peruano, o qual pode mesmo abandonar o país se assim o entender. «O governo apenas cumpre a lei. Há uma comunicação (da embaixada do Peru) pedindo a detenção e o assunto foi entregue aos tribunais, são eles que vão decidir», sublinhou. O acordo de extradição entre os dois países estabelece que o autor do pedido tem um prazo de dois meses para justificar a acção judicial. Fujimori, que renunciou à presidência peruana por telefax e contra quem existem dois pedidos de extradição apresentados ao governo japonês por crimes contra a humanidade, massacres, delitos de corrupção e violação dos direitos humanos, anunciou já a intenção de «permanecer algum tempo» no Chile." [notícia completa] [notícia na BBC Brasil, no Portugal Diário e na TSF]
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