quarta-feira, novembro 07, 2007

Drama humanitário no Darfur em rostos e imagens

Lisboa, 7 de Novembro - A Biblioteca por Timor em Lisboa tem patente até dia 15 de Novembro a exposição "Por Darfur", através da qual se revela a dimensão do drama humanitário que se vive nesta região africana.
A mostra reúne desenhos feitos por crianças, um documentário, diversas fotografias de rostos Darfuris e campos de refugiados tiradas por fotógrafos internacionais assim como três quadros de uma pintora que abraçou a causa.
Organizada pela Campanha Por Darfur, o objectivo é sensibilizar a população portuguesa para a situação no terreno e para as sucessivas violações de direitos que afectam sobretudo mulheres e crianças, procurando também mobilizar a sociedade civil para iniciativas de solidariedade com a população martirizada.
Os visitantes poderão ainda a assinar uma petição nacional, a ser entregue a Presidência Portuguesa da União Europeia, na qual é pedido um maior empenho da UE e comunidade internacional que permita resolver o conflito, ponha fim às sucessivas violações de direitos humanos.
No dia 31 de Outubro estiveram presentes para discussão e visionamento do documentário “O chamamento à consciência” a Drª Maria Belém, a Drª Maria Jesus Barroso, a vice-presidente da Amnistia Internacional Lucília José Justino da Amnistia Internacional, o Dr Félix Lungho da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o Pe. Pinheiro e o Pe. Carlos dos Missionários Combonianos do Sagrado Coração de Jesus, a Irmã Beta das Missionárias Combonianas, entre outros.
Participaram na composição da mesa o coordenador da Campanha Filipe Pedrosa, Lucília José Justino da Amnistia Internacional, uma das Organizações que compõe a direcção desta Campanha e a Pintora Eufémia Reis.

Biblioteca Por Timor
Rua de S. Bento 182-184, em frente à Assembleia da República
Segunda a Sábado das 10:30 às 18:00
Entrada Livre


No Darfur, região Sudanesa com a dimensão do território Francês, em África, três milhões e meio de homens, mulheres e crianças carecem de ajuda humanitária, dois milhões e meio ficaram sem casa e 400 mil morreram desde 2003.
Desde 2003 que a vida quotidiana dos habitantes da região de Darfur, no Sudão, é determinada pela vontade dos Janjawid. Os "Cavaleiros do Mal", como também são chamados, invadem aldeias montados em cavalos, munidos de armas automáticas e pilham casas, dizimam aldeias, matam habitantes.
Em quatro anos de violência, mais de 450 mil pessoas morreram em resultado deste conflito e quase três milhões de pessoas estão actualmente refugiadas. Dois milhões e meio de pessoas encontram-se deslocadas. Este conflito afecta diariamente a vida de mais de quatro milhões de pessoas, ou seja, dois terços da população total do Darfur.
Apesar do Conselho de Segurança das Nações Unidas ter autorizado o destacamento das forças de manutenção de paz para o Darfur, as tropas ainda não estão no terreno.

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