quinta-feira, abril 30, 2009

400 jornalistas mortos numa década

No Expresso: "Barry Bearak chefia a delegação do "New York Times" na África do Sul. Ganhou o maior prémio de jornalismo - o Pulitzer - em 2002, mas nada disso impediu as autoridades do Zimbaué de o prender, durante cinco dias, quando fazia a cobertura das eleições presidenciais daquele país, em Março do ano passado. Acusação: Bearak estava a "cometer jornalismo". Um crime grave que, em linguagem comum - usada nos países onde a liberdade de expressão e de Imprensa está consagrada - quer dizer que estava só a fazer o seu trabalho. Claudia Duque é jornalista, na Colômbia. Escreveu sobre nacro-tráfico e corrupção, matérias demasiado escaldantes para lhe permitirem uma vida sossegada. Uma situação que piorou, há dez anos com o assassinato de um colega e amigo, que Claudia decidiu investigar. "Paguei um preço muito alto por isso", explica. Foi raptada, torturada, condenada - sem julgamento- e ordenado o seu exílio. Claudia Duque e Barry Bearak abrem este texto como rostos de umas estatísticas que têm tanto de terrível quanto de oculto: o jornalismo é, ainda, em muitas partes do mundo, uma profissão de altíssimo risco. E, nesses mesmos países em que os jornalistas são mortos, presos ou torturados, não se fazem notícias sobre a sua situação. O quadro é grave e não aparenta melhorias, à medida que o tempo corre. Só este ano, já foram mortos 22 jornalistas. No ano passado, foram 70. Na última década, 400." [notícia completa]

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