sexta-feira, novembro 05, 2010

Governo impede "contramanifestantes" da Amnistia de chegarem perto de Hu Jintao

COMUNICADO DE IMPRENSA

A Amnistia Internacional - Portugal, vem informar que em resultado de informação proveniente do Governo Civil de Lisboa às 18h31 de hoje, dia 5 de Novembro, via fax, o local da concentração foi alterado.

Apelidada de "contramanifestação" e por alegadamente ter sido pedida depois da manifestação da Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa, para o mesmo local, a concentração da Amnistia Internacional foi enviada para a Torre de Belém, tendo a referida associação sido autorizada a ficar no local pedido.

Lamentamos o sucedido e junto enviamos a comunicação recebida do Governo Civil de Lisboa.

Para mais informações:
Maria Teresa Nogueira, Coordenadora do Grupo da China

Amnistia Internacional Portugal
Departamento de Imprensa
Lisboa, 5 Novembro de 2010


Ver documentação em Amnistia Internacional Portugal

NOTA DO 19

A Amnistia Internacional - Grupo 19 estranha que o Governo Civil de Lisboa tenha revisto a autorização sobre o local da manifestação pedida por ocasião da visita do Presidente Hu Jintao e protesta contra os termos usados na rectificação. Concordando com o acto público, apresentado, dentro dos prazos legais, para uma manifestação em frente do Mosteiro dos Jerónimos, aquando da deslocação ali do visitante, o GCL deu o seu bom visto desde que a iniciativa tivesse lugar num "espaço contíguo". Porém numa nota rectificativa assinada dois dias depois, portanto hoje, remeteu a acção da AI para a Torre de Belém, alegando que a Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa apresentara um pedido de manifestação anterior, pelo que tinha prioridade. Este motivo não fora antes aduzido. E a Torre de Belém não é, de todo em todo, um "espaço contíguo" à entrada do monumento. Além deste estranho comportamento, o GCL trata ainda a acção da AI como uma "contramanifestação", o que ofende a sua natureza e tradição cívicas, afirmadas ao longo de quase meio século, além do propósito absolutamente pacífico da sua iniciativa, que era - e continua a ser - o de protestar contra a situação dos Direitos Humanos na República Popular da China, onde o crescimento económico vai na razão inversa do respeito pelos direitos mais elementares das pessoas. A Amnistia Internacional - Grupo 19, que aderiu à manifestação, obedecerá sem dúvida, como todos os restantes companheiros, ao Governo Civil de Lisboa, como sempre o fez no passado, mas guardará má memória de um comportamento que põe em causa o direito de manifestação consagrado na Constituição da República e da forma hostil como foi tratada.

Amnistia Internacional Portugal - Grupo 19

Coordenação

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostaria que lessem esta noticia

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