Amnistia Internacional pediu hoje que as autoridades haitianas entreguem à justiça o ex-ditador Jean-Claude Duvalier, ou Baby Doc, que voltou ao Haiti depois de 25 anos de exílio.
"As violações dos Direitos Humanos, generalizados e sistemáticos, cometidos no Haiti durante o reinado de Duvalier representam crimes contra a humanidade. O Haiti tem a obrigação de o perseguir, assim como todos os responsáveis deste género de crime", disse Javier Zuñiga, conselheiro especial da organização, com sede em Londres.
"As autoridades haitianas devem romper com o ciclo de impunidade que prevaleceu durante décadas no Haiti. Não levar os responsáveis perante a justiça acabará por provocar outras violações dos Direitos Humanos", considerou a organização, em comunicado.
"Durante esses quinze anos no poder (1971-1986), a tortura sistemática e outros maus-tratos eram amplamente disseminados em todo o país. Centenas de pessoas 'desapareceram' ou foram executadas. Os membros das forças armadas e da milícia, igualmente conhecidos como Tontons Macoutes, representaram um papel primordial na repressão de militantes pró-democracia e dos Direitos Humanos", acrescentou a Amnistia."
Texto do comunicado da Amnistia Internacional
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