terça-feira, maio 18, 2004
Estados Unidos querem proteger «negociante da morte» de guerras em África
No PÚBLICO: "Victor Bout é um dos mais conhecidos fornecedores de armas para palcos de guerra no continente africano, incluindo Angola, onde apoiou a UNITA, no fim dos anos 90. Agora, o empresário russo está no centro de uma controvérsia entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, de um lado, e a França, do outro. Na sua edição de ontem, o "Financial Times" escreve que Washington, apoiado por Londres, e contra a vontade das autoridades francesas, está a fazer pressão para que Bout não conste de uma lista (a ser preparada pelas Nações Unidas) de personalidades cujos bens deviam ser congelados, por terem tido ligações ao ex-Presidente da Libéria, Charles Taylor. Ainda segundo o jornal britânico, que cita fontes diplomáticas ocidentais, o empresário russo estará a ajudar as forças da coligação no fornecimento de armas ao Iraque. "Estamos indignados que Bout seja retirado da lista, apesar de ser um dos principais negociantes de armas na região. Se queremos paz nessa região [da Africa Ocidental] é evidente que ele deveria constar da lista", disse ao "FT" uma fonte diplomática próxima das negociações em curso na ONU. Um outro diplomata acrescentou que os britânicos terão inicialmente defendido a inclusão de Bout na lista. Londres só terá mudado de ideias depois dos americanos lhe terem dito que queriam proteger o empresário russo por este "estar a ser usado no Iraque". O jornal britânico acrescenta a versão de um outro diplomata da ONU que diz duvidar que Bout esteja a desempenhar um papel significativo no Iraque. O secretário britânico dos Negócios Estrangeiros para África, Peter Hain, acusou Victor Bout de ser um "negociante da morte" e o "número um a violar sanções internacionais", quando em 2000, o nome do empresário apareceu associado ao fornecimento de armas a grupos rebeldes africanos." [notícia completa]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário