Prémio Nobel da Paz - Wangari Maathai

Foi hoje anunciada a atribuição do Prémio Nobel da Paz à queniana Wangari Maathai, uma ambientalista e activista dos direitos humanos, ex-prisioneira de consciência da Amnistia Internacional. Na verdade, Wangari Maathai estudou nos EUA, foi a primeira mulher a obter o grau de doutorada no Quénia e também a primeira a leccionar na Universidade de Nairobi. Em meados da década de 70 deixou a vida académica para fundar o Green Belt Movement, um grupo activista ambiental. A atribuição do prémio foi justificada pelo contributo dado pela queniana em prol do desenvolvimento sustentável, democracia e paz e está inevitavelmente ligado à actividade que Maathai tem liderado no seu país. Em 1992 que assumiu uma posição de confronto ao governo queniano, denunciando a preparação de um golpe de Estado pró-governamental, o qual incluia uma conspiração para assassinar diversos opositores, entre os quais, a própria. Desde então, foi alvo de perseguições e agressões por parte de agentes governamentais, facto que também contribuiu para que a AI a adoptasse como prisioneira de consciência.