segunda-feira, março 07, 2005
«Violência e impunidade» nos campos de diamantes de Angola
No PÚBLICO: "Muxinda, Lunda-Norte, 6 de Dezembro de 2004: pelo menos doze pessoas morreram por asfixia numa cela do posto da Polícia Nacional. A cela foi descrita, por um responsável da polícia de Muxinda, como "um armário de parede nas traseiras de uma residência" onde funciona o posto policial, sem luz e sem ventilação - onde o ar apenas circulava por uma fresta com grade. Nesse espaço "exíguo" onde apenas deviam estar quatro ou cinco pessoas, um dos presos contabilizou 17 detidos. Na noite de 5 de Dezembro, véspera da tragédia, esse número terá aumentado para 28, segundo o mesmo relato. Cafunfo, Lunda-Norte, dez meses antes: uma manifestação popular com agressão de agentes da polícia resultou na morte de pelo menos doze cidadãos, depois da polícia ter desencadeado um intenso tiroteio contra a manifestação. A população protestava contra a remoção, por decisão de duas empresas diamantíferas, dos cinco geradores que até o início dos anos 1990 iluminavam a vila, sem electricidade ou saneamento básico. Além dos mortos, foram confirmados 18 casos de ferimentos resultantes dos tiroteios ou das "sessões de espancamento" dos agentes policiais. Não há conhecimento da "detenção ou sanção disciplinar de nenhum agente da Polícia Nacional por homicídio ou ofensas corporais contra civis indefesos". [notícia completa] [notícia no Diário Digital]
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