domingo, julho 25, 2010

Activistas da Amnistia Internacional reforçam pressão sobre a Guiné Equatorial

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) decidiu, na cimeira de Luanda, do dia 23, registar apenas o pedido de adesão da Guiné Equatorial como membro efectivo. O país, de expressão castelhana, continuará assim limitado ao seu estatuto de país observador, que detém desde 2006. Não é no entanto impossível que sob a presidência de Angola o processo de integração avance. A Amnistia Internacional Portugal escreveu a todos os membros da CPLP, nas vésperas do encontro da capital angolana, uma carta resumindo o essencial das suas preocupações em matéria de Direitos Humanos – detenções e reclusões arbitrárias, prisioneiros de consciência, reclusões injustificadas em regime de isolamento, tortura e outras formas de maus-tratos, pena de morte, desaparecimentos forçados, desalojamentos forçados, violação dos direitos das crianças, enfim um elevado grau de pobreza a contrastar com os dividendos do país em resultado da exploração do petróleo. Na mesma, a AI Portugal propunha, e mantém, que a comunidade lusófona condicionasse, de acordo com os seus estatutos, a entrada da Guiné Equatorial à supressão da pena de morte, com moratória imediata, o fim da tortura e a libertação imediata e incondicional dos prisioneiros de consciência, desde logo Marcelino Nguema, Santiago Asumu, Gerardo Mangue Offeso, Cruz Obiang Ebele, Emiliano Esono Micha, Gumersindo Ramírez Faustino e Juan Ecomo Ndong, todos adoptados pelo Grupo 19. Nestas circunstâncias, esta estrutura operacional vai redobrar o seu trabalho para, pelo menos, obter a libertação, o mais depressa possível, dos sete homens, presos apenas por pertencerem a partidos de oposição. E porque a Defesa dos Direitos Humanos deve envolver todas as pessoas, apela a todos que redobrem também o envio das cartas exigindo ao regime guineo-equatoriano, que se prepara para comemorar, no dia 3 de Agosto, mais um aniversário, essas libertações. O historial dos presos de consciência e as cartas de apelo podem ser encontrados neste blogue ou na página do Grupo 19.

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