domingo, julho 25, 2010

Grupo 19 exige libertação de sete prisioneiros de consciência na Guiné-Equatorial

A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 adoptou dois novos prisioneiros de consciência da Guiné Equatorial. Os novos adoptados são Marcelino Nguema e Santiago Asumu, membros da União Popular (UP), um partido da oposição ao regime do Presidente Teodoro Obiang, injustamente presos depois de julgados e absolvidos da acusação de “agressão e terrorismo”. Ambos foram detidos nos dias a seguir a uma alegada tentativa de assalto do Palácio Presidencial, em Malabo, em 17 de Fevereiro de 2009. Declarados inocentes, as autoridades mantiveram-nos mesmo assim presos e em regime de total incomunicabilidade com o mundo exterior.

Nos primeiros dias de detenção, Marcelino Nguema e Santiago Asumu foram submetidos a torturas no comissariado da Polícia, em Malabo, e a seguir na prisão de Black Beach, onde ainda se encontram. A Amnistia Internacional acredita que os dois continuam encarcerados apenas por pertencerem a um partido de oposição, a UP, pelo que os considera prisioneiros de consciência e exige a sua imediata libertação. Pede ainda às autoridades de Malabo que ordenem uma investigação sobre as torturas de que os dois foram vítimas e, bem assim, o castigo dos seus responsáveis.

O processo de adopção de Nguema e Asumu é o segundo desde Abril, quando a Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 chamou a si os casos de Gerardo Mangue Offeso, Bonifacio Nguema Ndong, Cruz Obiang Ebele, Emiliano Esono Micha, Gumersindo Ramírez Faustino y Juan Ecomo Ndong, todos membros do Partido Progressista da Guiné Equatorial, detidos entre Março e Abril de 2008 sem mandato judicial suficiente.

Acusados de posse de armas e munições, nada se provou em tribunal neste sentido, o que não evitou que fossem condenados a penas entre os 12 meses e os seis anos de prisão. Bonifácio, o que recebeu a pena menor, cumpriu-a e saiu em liberdade, mas os outros cinco continuam presos. Os juízes ativeram-se à circunstância de todos terem mantido relações de amizade com um outro guineo-equatoriano, Saturnino Ncogo, que viria a morrer sob custódia policial, não às provas produzidas em sessão de julgamento, que foram nulas. Os seis foram ainda sujeitos a tortura. A Amnistia Internacional considera os cinco prisioneiros de consciência e pede a sua libertação imediata. O Grupo 19 está a exigir às autoridades de Malabo a sua libertação imediata e incondicional.

A luta pelos Direitos Humanos e por um mundo melhor não diz respeito apenas à Amnistia Internacional, é um assunto de toda a comunidade. Assim, a AI de Sintra pede a todos que se associem aos seus esforços para a libertação destes sete homens escrevendo ao Presidente Teodoro Obiang Mbasogo nesse sentido.

Em ambos os casos, as cartas deverão ser dirigidas ao General Teodoro Obiang Nguema, Palácio Presidencial, Malabo, República da Guiné-Equatorial. No segundo, o dos cinco, deverá ser enviada também enviada uma cópia para Don Pastor Michá, Ministro de Asuntos Exteriores, Ministério de Asuntos Exteriores, Malabo, República da Guiné-Equatorial. Todas as cartas devem cingir-se aos factos e escritas, em castelhano ou francês, ou mesmo português, com a devida cortesia. Seguem os modelos que deverão ser usados.

Caso de Marcelino e Santiago
General Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
Presidente de la República

Excelencia,
Dos ciudadanos de la Guinea Ecuatorial, Marcelino Nguema y Santiago Asumu, miembros de la Unión Popular (UP), partido político de la oposición, están injustamente detenidos, después de juzgados y absueltos por una acusación de “agresión y terrorismo”.
Los dos habrian participado en un alegado ataque al Palácio Presidencial, el dia 17 de Febrero de 2009, por lo que fueron detenidos en los dias siguientes y llevados ante la justicia que, en Abril, los absolvió y ordenó su liberación.
Pero las autoridades rehusarón obedecer a los juezes y los mantienen encarcelados y en regimen de incomunicación, sin cualquier contacto con el mundo exterior.
En los primeros dias de su detención, los dos fueron objeto de torturas en el comisariado de Policia de Malabo y despues en la Prisión de Black Beach con el fin de obtener sus confesiones.
Marcelino Nguema y Santiago Asumu son de este modo considerados prisioneros de consciencia, solamente por perteneceren a la UP, por lo que vengo a exigir a Su Señoria la liberación inmediata e incondicional de ambos. Exijo además la investigación de las torturas de que fueron victimas y el castigo de sus autores.

Atentamente

Caso dos Cinco de Malabo
General Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
Presidente de la República

C/C
Ministro de Asuntos Exteriores
Don Pastor Michá

Excelencia,
Cinco ciudadanos están cumpliendo condenas injustas y sujetos a maltratos en Guinea Ecuatorial. Amnistía Internacional los considera prisioneros de consciencia, teme por su integridad física y pide su liberación inmediata e incondicional.
Gerardo Mangue Offeso, Bonifacio Nguema Ndong, Cruz Obiang Ebele, Emiliano Esono Micha, Gumersindo Ramírez Faustino y Juan Ecomo Ndong fueron detenidos entre Marzo y Abril de 2008 por los servicios de seguridad sin mandato judicial suficiente.
Acusados de poseer armas y municiones y de pertenecer a una organización criminal, uno fue condenado a un año de prisión y, los demás a seis años. Bonifácio Nguema, el que recibió la menor condena, fue liberado pero los demás prisioneros siguen encarcelados.
Estas personas fueron maltratadas y obligadas a firmar declaraciones bajo tortura. No tuvieron asistencia judicial. No se presentaron pruebas de que tuvieran armas o municiones en su poder. Esta acusación se basó solamente en sus relaciones de amistad con otro ciudadano, Saturnino Ncogo, en cuyo domicilio la policía encontró armas antiguas, quien vino a morir bajo custodia policial.
Amnistía Internacional cree que Gerardo Offeso, Bonifacio Ndong, Cruz Ebele, Emiliano Micha, Gumersindo Faustino e Juan Ndong han sido detenidos solamente por pertenecer al Partido Progresista de Guinea Ecuatorial, una organización pacífica de la oposición, lo que los torna prisioneros de consciencia , por le que pido a su señoría la liberación inmediata e incondicional de los que siguen encarcelados.
Además, solicito que ordene investigar denuncias de tortura sobre todos los prisioneros y que sus responsables sean llevados a la justicia, y que los cinco encerrados en la prisión de Black Beach, puedan recibir visitas de sus familiares y abogados.

Con mi saludos

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