A activista saraui Aminetu Haidar, que enfrentou há um ano as autoridades marroquinas, vem a Portugal esta semana onde será homenageada por várias entidades. Coimbra e Lisboa serão as duas cidades visitadas, onde terá ainda encontros com grupos de apoio, organizações de Direitos Humanos, personalidades e simpatizantes.
Na terça-feira, dia 9, o Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, Professor Doutor Fernando Seabra Santos, entregar-lhe-á, por iniciativa da Faculdade de Economia, a Medalha da Universidade, como reconhecimento pelo seu contributo para a defesa dos Direitos Humanos, anunciou a Associação de Amizade Portugal – Sara Ocidental. A cerimónia, pública, terá lugar pela manhã na Biblioteca Joanina.
Em Lisboa será homenageada na Reitoria da Universidade, e, entre outras actividades, visitará a sede da Amnistia Internacional Portugal, que participou activamente nos esforços para que a activista pudesse regressar ao Sara Ocidental.
Aminetu, que no dia 14 de Novembro de 2009, após ter sido expulsa pelas autoridades marroquinas de ocupação, esteve em greve de fome durante 32 dias no aeroporto de Lanzarote para exigir a entrada no seu país, e que se transformou então num ícone da identidade e afirmação nacional sarauis, vem a Portugal agradecer a diferentes instituições e organizações toda a solidariedade que a sua luta encontrou no nosso país.
Aminetu Haidar foi galardoada com os prémios Prémio de Direitos Humanos Juan María Bandrés 2006 (Espanha), Silver Rose Award 2007 (Áustria), Prémio de Direitos Humanos Robert F. Kennedy 2008, Prémio internacional de Coragem Civil da Fundação Train 2009, dos Estados Unidos. Quando foi detida no dia 13 de Novembro de 2009, em El Aiún, regressava de Nova Iorque onde tinha ido receber o galardão.
Durante a sua greve foram-lhe concedidos: o Prémio Nelson Mandela para a Solidariedade e a Paz, da Esquerda Unida de Astúrias; o Prémio para a Criatividade Social 2009 da Universidade de La Laguna, Tenerife e o Prémio Especial Aragón Derechos Humanos y Libertades 2009, da Fundação 29 de Junho, da Junta Aragonesa.
Em Março deste ano, a União dos Actores de Espanha concede-lhe a Menção Especial Mujeres en Unión pela sua “luta pacífica pela independência de seu país”. Em Abril foi galardoada com o Prémio Internacional Jovellanos Resistencia y Libertad, concedido pelos governos de Astúrias e Ilhas Baleares, pela tenacidade com que soube dar testemunho “dos princípios que sustentam o exercício da Liberdade”.
Entretanto foi nomeada pelo Parlamento Europeu para o Prémio de Direitos Humanos Andrei Sakharov e a Amnistia Internacional Estados Unidos apresentou a sua candidatura ao Prémio Ginetta Sagan. O seu nome é ainda um dos propostos para o Prémio Nobel da Paz.
A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19, que, no quadro da secção portuguesa, apoiou a luta de Aminetu Haidar pelo regresso ao Sara Ocidental, dá as boas-vindas à activista saraui.
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