terça-feira, dezembro 13, 2011

Lampedusa estreia sexta no CCOC


«Não sei quantos éramos, talvez 280, 300. Havia 40 mulheres, oito delas somalis, como eu.»
Disse Asha Omer, grávida, de 21 anos, que se salvou porque o marido a agarrou pelo cabelo.


Desde Janeiro de 2011, mais de 40 mil imigrantes clandestinos venceram as costas de Lampedusa fugindo da guerra e da pobreza. Chegam em pequenas embarcações amontoadas de gente, sem água, sem comida, a esta ilha do sul de Itália com apenas 6 mil habitantes autóctones.
As reacções desencadeadas perante as crescentes notícias sobre naufrágios, o consequente número de mortos, repatriações, histórias incríveis de sobrevivência, constituem o nosso material de trabalho, necessariamente enformado pela visão crítica de cidadãos de uma Europa que brilha aos olhos de quem parte de África. Cruzando diferentes narrativas sobre a ilha (nomeadamente um nosso, in loco, Diário de Viagem a Lampedusa), propomos uma reflexão performativa sobre alguns conceitos tangenciais a este tema: identidade, território e fronteiras.

16 de Dezembro de 2011, 22h00

Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra

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